Imagino um casal jovem ali sentado. Olham um para o outro, a sorrir e sem quebrar o contacto. Não precisam de falar para saberem o quanto se amam. A sua juventude faz o amor deles ser doce e ingénuo, porém é puro como um anjo da guarda.
Imagino ali um casal de idoso, a beber o seu chá em harmonia. Escuto pequenas gargalhadas encantadas pela bela e experiência da vida deles. Acredito que não tenha sido sempre fácil para eles, mas é lindo de se ver que ainda se amam apesar de tantas batalhas que a vida lhes deu.
Imagino uma mãe com o seu filho pequeno. Ele tenta conversar á maneira dele e a mãe demonstra um sorriso delicioso por o ver feliz. Amor incondicional entre ambos e não tem como se esgotar.
Imagino-me ali, sozinha e com uma chávena de café. Estou tão oca que nem o meu ser fÃsico aparece. A minha solidão é tão desapropriada que desapareço perante os olhos dos outros.
Imagino-me, mas não me vejo.